quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Bacia Amazônica

Bacia hidrográfica – o que é?

Bacia hidrográfica é a área onde acontece a captação de água para um rio principal e seus afluentes, devido às características geográficas e topográficas – ou seja, é a área para onde converge a maioria dos rios de menor ordem (a classificação da ordem fluvial é feita de acordo com a hierarquia fluvial). É considerada uma unidade espacial voltada à gestão. Do ponto de vista da mesma, é algo novo, mas do ponto de vista do contexto de regionalização da natureza, é algo mais antigo.
Uma bacia hidrográfica é definida pelos pontos cotados, os pontos de maior altitude da região. Eles, juntos, são chamados de divisor de águas. Há também a nascente, que é onde o curso de água “nasce”.
A bacia pode ser formada por rios intermitentes (temporários – períodos de seca e cheia) ou por rios perenes (vazão constante).






Na figura ao lado, estão algumas das principais bacias hidrográficas do Brasil.



Características da Bacia Amazônica

A Bacia Amazônica é a maior bacia hidrográfica do mundo, com cerca de 7,05 milhões de quilômetros quadrados. Deste total, aproximadamente 4 milhões de km2 estão em território brasileiro (região Norte). Se considerarmos que o Brasil possui aproximadamente, 12,712 km2 de área territorial, a bacia ocupa um total de 31,5% de território brasileiro. Ela também está presente nos territórios da Bolívia, Peru, Venezuela e Colômbia. Por se estender por vários países sul-americanos, ela é considerada uma bacia continental.



A Bacia Amazônica começa no território peruano como o rio Vilcanota. Este rio, ao entrar em território brasileiro, ganha o nome de Solimões. Ao encontrar-se com o rio Negro (perto da capital Manaus), recebe o nome de Amazonas, o rio que dá o nome à bacia. A Bacia Amazônica ainda possui comunicação com a Bacia do Orinoco, através do Canal do Cassiquare.
Tendo o rio Amazonas (na figura abaixo, destacado em vermelho) como a espinha dorsal da bacia, ela conta com grande quantidade de afluentes e canais, criados pelo processo de cheia e vazante.

Outro destaque desta Bacia Hidrográfica é a grande quantidade de rios navegais. No total, cerca de 22 mil quilômetros de rios recebem embarcações, facilitando o transporte de pessoas e mercadorias na região. A hidrovia do rio Madeira (acima, em amarelo), inaugurada em 1997, possibilita o transportem principalmente de gêneros agrícolas, entre Porto Velho e Itacoatiara. Como a rede hidrográfica é muito grande, ela possui um potencial hidrelétrico de mais de 70 gigawatts (45% do potencial nacional).

Os principais rios que compõem a Bacia Amazônica são:
- Rio Amazonas;
- Rio Negro;
- Rio Solimões;
- Rio Xingu;
- Rio Madeira;
- Rio Tocantins;
- Rio Japurá;
- Rio Juruá;
- Rio Purus;
- Rio Tapajós;
- Rio Branco;
- Rio Jari;
- Rio Trombetas.

            Com relação à vegetação, a área é praticamente inteira coberta pela Floresta Amazônica, aproximadamente 5,5 km2 de extensão. Possui diversos recursos naturais, como recursos pesqueiros, grande biodiversidade e biomassa florestal, com destaque para o estoque de madeiras de valor comercial, além dos minerais ferro, bauxita, níquel, cobre, manganês e ouro, principalmente.
Se hoje ela é verde e exuberante, não se pode dizer o mesmo no passado. Quando a América e a África eram juntas, as condições eram de um monte verde com clima árido, sem chances de formar uma floresta tropical. Com o passar do tempo, e sucessivas transformações, esse cenário foi mudando até o que é hoje em dia. A floresta deve essas mudanças, é claro, as alterações climáticas e interações entre espécies; mas, também os fatores geológicos foram importantes, por exemplo, na Cordilheira dos Andes. A Amazônia, além de servir de mata ciliar, é muito importante no fator de regulação de temperatura global.
            Entretanto, a floresta vem sofrendo com os problemas do desmatamento, da degradação dos recursos naturais e dos conflitos sociais. Além dos desmatamentos, a atividade madeireira predatória e os incêndios florestais também são problemas ainda presentes nos dias atuais. Aproximadamente 18% do território já foi desmatado e, segundo alguns cientistas, se esse índice passar dos 40%, a floresta tropical poderá se transformar numa savana.
            Para se preservar a Amazônia, devem ser tomadas algumas ações de desenvolvimento sustentável, que tem como objetivo principal promover a utilização de recursos naturais de forma racional, sem grandes impactos prejudiciais. A principal é o reflorestamento das áreas desmatadas, além de preservar a vegetação nativa (ou seja, não desmatar, botar fogo, jogar lixo ou mexer na fauna local). Pode-se, além dessas medidas, utilizar-se da educação e da conscientização da população local, para preservar a natureza.


Bibliografia:


Grupo: Sara Verri N°29
             Thiago Almodovar N°30