quinta-feira, 30 de outubro de 2014

BACIA HIDROGRÁFICA DO ATLÂNTICO LESTE


A Bacia do Atlântico Leste é umas das doze regiões hidrográficas do Brasil e é composta por dois estados da região nordestina, Bahia (69% do estado) e Sergipe (4%), e dois estados da região Sudeste, Minas Gerais (26%) e Espírito Santo (1%). A área abrangente corresponde a 4% da área total brasileira, ou seja, tem aproximadamente 374,7 mil km², tendo 468 municípios e 526 cidades, alguns núcleos urbanos e parques industriais. A população que habita essa área é equivalente a 14 milhões de pessoas, dando um maior destaque nas capitais de Sergipe e Bahia.

Nos estados que compõem a bacia houve alguns eventos históricos importantes como a colonização do Brasil, a primeira capital (Salvador), as conjurações tanto mineira como a baiana, os primeiros ciclos econômicos a extração de pau-brasil, plantações de cana de açúcar e as minas de ouro, esses eventos trouxeram para a bacia de alguma forma consequências sejam boas ou ruins.
O clima interfere na quantidade de recursos hídricos, naquela região onde se encontra a Bacia do Atlântico Leste seu clima é tropical quente e úmido, a precipitação varia entre 2.400mm (no extremo sul da bacia e no litoral baiano) e 400mm anuais (no alto curso do rio Vaza-Barris). Também tem a evapotranspiração que tem um valor de 1.738mm/ano.
A disponibilidade de água da Bacia do Atlântico Leste que apresenta uma vazão média 1.400,43 m³/s correspondente a 1% do país, isso é causado pela pequena extensão dos rios que a compõem, sendo considerados os maiores: Jequitinhonha, Pardo, Salinas, Paraguaçu, de Contas e Vaza-Barris. O menor é o rio Itapicuru, mas ainda existem outros rios como Itanhém e Itaúnas. Estes são considerados os principais componentes da bacia sem contar as bacias costeiras, córregos e riachos. A água doce tem sua distribuição e estoques determinados, em grande parte, pelas condições climáticas. É preciso estabelecer estratégias de prevenção de cheias e proteção das áreas inundáveis com ênfase nos rios Paraguaçú, Contas, Pardo e Jequitinhonha.
            A vegetação presente na Região Hidrográfica do Atlântico Leste apresenta fragmentos da Mata Atlântica, caatinga, biomas costeiros, insulares e uma pequena área de Cerrado.
            Pecuária e mineração são os grandes “vilões” desta região. Os produtos químicos utilizados são responsáveis pela poluição dos rios. A construção de usinas hidrelétricas como a de Irapé localizada no Rio Jequitinhonha, é um ponto muito positivo, pois além de ter utilizado bem o espaço já que foi construída em uma das regiões economicamente mais pobres do Brasil, essa obra tem capacidade para gerar energia elétrica para mais de 1 milhão de pessoas. Entretanto a construção da usina obrigou o reassentamento de mais de mil famílias ribeirinhas.
No caso das Bacias dos rios Jequitinhonha e Pardo, destacam-se no entorno da Serra do Espinhaço as extensas chapadas portadoras de espessas coberturas sedimentares, atualmente ocupadas em larga escala pela silvicultura onde o eucalipto é o plantio onipresente. A plantação de eucalipto é um aspecto positivo, porém tais chapadas apresentam frentes erosivas que as desmontam gradativamente.
A região do Atlântico Leste é altamente explorada, isso se deve principalmente por conta dos seguintes aspectos: os estados de Minas Gerais e Espírito Santo abrangem um dos maiores números de usinas hidrelétricas do Brasil; o número de empresas madeireiras na região é altíssimo; alguns dos produtos mais exploradas na região são: a cana-de-açúcar e a soja; em Minas Gerais o foco agrário é principalmente voltado para o café e para o milho, além disso, tudo nos anos 70 grandes projetos industriais voltados para exportação foram criados na região, como por exemplo: a empresa CIA do Vale do Rio Doce em Minas Gerais e a CIA Siderúrgica de Tubarão no Espírito Santo.
Ainda há muitos problemas a serem discutidos, como: o lançamento de esgotos domésticos e despejos das usinas sucro-alcooleiras, conflitos entre a demanda para usos consuntivos e insuficiência de água em períodos críticos,
poluição difusa representada pelo lançamento de fertilizantes e agrotóxicos, demanda excessiva de água para irrigação,
a não prevenção de cheias e de áreas inundáveis, além da falta de controle da emissão de efluentes em corpos d’água.

        O turismo é um aspecto importante, pois as pessoas tem imensa curiosidade de ver as cachoeiras e as águas cristalinas localizadas nesta bacia. A geração de energia é distribuída em 6 empreendimentos hidrelétricos. Destacam-se duas usinas (Funil e Pedra) no rio das Contas, na Bahia. Atividade pesqueira é pouco explorada nas bacias costeiras, a prática da pesca é predominante como atividade de subsistência familiar para a população ribeirinha. Nas unidades hidrográficas dos rios de Contas, Paraguaçu, Vaza-Barris e Recôncavo Baiano existem estações de piscicultura com produção de alevinos superior a 12 milhões por ano.


Na região há uma unidade de conservação chamada Monte Pascoal, a unidade localiza-se ao sul estado da Bahia e foi criada em 1961 com o objetivo de conservar os ecossistemas. O parque, por ter em sua área a presença de indígenas desde antes de seu decreto de criação, o governo está verificando formas de gestão e as normas legais.







Grupo:
Jana Viotti
Jéssica Sousa
Julia Bernardes

BIBLIOGRAFIA/ WEBGRAFIA

Livro “Geografia do Brasil” de Jurandyr L. Sanches Ross