BACIA HIDROGRÁFICA DO
ATLÂNTICO LESTE
A Bacia do Atlântico Leste é umas das doze regiões
hidrográficas do Brasil e é composta por dois estados da região nordestina,
Bahia (69% do estado) e Sergipe (4%), e dois estados da região Sudeste, Minas
Gerais (26%) e Espírito Santo (1%). A área abrangente corresponde a 4% da área
total brasileira, ou seja, tem aproximadamente 374,7 mil km², tendo 468
municípios e 526 cidades, alguns núcleos urbanos e parques industriais. A
população que habita essa área é equivalente a 14 milhões de pessoas, dando um
maior destaque nas capitais de Sergipe e Bahia.
Nos estados que
compõem a bacia houve alguns eventos históricos importantes como a colonização
do Brasil, a primeira capital (Salvador), as conjurações tanto mineira como a
baiana, os primeiros ciclos econômicos a extração de pau-brasil, plantações de
cana de açúcar e as minas de ouro, esses eventos trouxeram para a bacia de
alguma forma consequências sejam boas ou ruins.
O clima interfere
na quantidade de recursos hídricos, naquela região onde se encontra a Bacia do
Atlântico Leste seu clima é tropical quente e úmido, a precipitação varia entre
2.400mm (no extremo sul da bacia e no litoral baiano) e 400mm anuais (no alto
curso do rio Vaza-Barris). Também tem a evapotranspiração que tem um valor de
1.738mm/ano.
A disponibilidade de água da
Bacia do Atlântico Leste que apresenta uma vazão média 1.400,43 m³/s
correspondente a 1% do país, isso é causado pela pequena extensão dos rios que
a compõem, sendo considerados os maiores: Jequitinhonha, Pardo, Salinas,
Paraguaçu, de Contas e Vaza-Barris. O menor é o rio Itapicuru, mas ainda
existem outros rios como Itanhém e Itaúnas. Estes são considerados os
principais componentes da bacia sem contar as bacias costeiras, córregos e
riachos. A água doce
tem sua distribuição e estoques determinados, em grande parte, pelas condições
climáticas. É preciso estabelecer estratégias de prevenção de cheias e proteção
das áreas inundáveis com ênfase nos rios Paraguaçú, Contas, Pardo e
Jequitinhonha.
A
vegetação presente na Região Hidrográfica do Atlântico Leste apresenta
fragmentos da Mata Atlântica, caatinga, biomas costeiros, insulares e uma
pequena área de Cerrado.
Pecuária e mineração são os grandes “vilões”
desta região. Os produtos químicos utilizados são responsáveis pela poluição
dos rios. A construção de usinas hidrelétricas
como a de Irapé localizada no Rio Jequitinhonha, é um ponto muito positivo,
pois além de ter utilizado bem o espaço já que foi construída em uma das
regiões economicamente mais pobres do Brasil, essa obra tem capacidade para
gerar energia elétrica para mais de 1 milhão de pessoas. Entretanto a
construção da usina obrigou o reassentamento de mais de mil famílias
ribeirinhas.
No caso das Bacias dos rios Jequitinhonha e Pardo,
destacam-se no entorno da Serra do Espinhaço as extensas chapadas portadoras de
espessas coberturas sedimentares, atualmente ocupadas em larga escala pela
silvicultura onde o eucalipto é o plantio onipresente. A plantação de eucalipto
é um aspecto positivo, porém tais chapadas apresentam frentes erosivas que as
desmontam gradativamente.
A região do Atlântico Leste é altamente explorada, isso
se deve principalmente por conta dos seguintes aspectos: os estados de Minas
Gerais e Espírito Santo abrangem um dos maiores números de usinas hidrelétricas
do Brasil; o número de empresas madeireiras na região é altíssimo; alguns dos
produtos mais exploradas na região são: a cana-de-açúcar e a soja; em Minas
Gerais o foco agrário é principalmente voltado para o café e para o milho, além
disso, tudo nos anos 70 grandes projetos industriais voltados para exportação
foram criados na região, como por exemplo: a empresa CIA do Vale do Rio Doce em
Minas Gerais e a CIA Siderúrgica de Tubarão no Espírito Santo.
Ainda
há muitos problemas a serem discutidos, como: o lançamento de esgotos
domésticos e despejos das usinas sucro-alcooleiras, conflitos entre a demanda
para usos consuntivos e insuficiência de água em períodos críticos,
poluição difusa representada pelo lançamento de fertilizantes e agrotóxicos, demanda excessiva de água para irrigação,
a não prevenção de cheias e de áreas inundáveis, além da falta de controle da emissão de efluentes em corpos d’água.
poluição difusa representada pelo lançamento de fertilizantes e agrotóxicos, demanda excessiva de água para irrigação,
a não prevenção de cheias e de áreas inundáveis, além da falta de controle da emissão de efluentes em corpos d’água.
O turismo é um aspecto importante,
pois as pessoas tem imensa curiosidade de ver as cachoeiras e as águas
cristalinas localizadas nesta bacia. A geração de energia é
distribuída em 6 empreendimentos hidrelétricos. Destacam-se duas usinas (Funil
e Pedra) no rio das Contas, na Bahia. Atividade
pesqueira é pouco explorada nas bacias costeiras, a prática da pesca é
predominante como atividade de subsistência familiar para a população
ribeirinha. Nas unidades hidrográficas dos rios de Contas, Paraguaçu,
Vaza-Barris e Recôncavo Baiano existem estações de piscicultura com produção de
alevinos superior a 12 milhões por ano.
Na região há uma unidade de conservação chamada Monte Pascoal, a unidade
localiza-se ao sul estado da Bahia e foi criada em 1961 com o objetivo de
conservar os ecossistemas. O parque, por ter em sua área a presença de
indígenas desde antes de seu decreto de criação, o governo está verificando
formas de gestão e as normas legais.
Grupo:
Jana Viotti
Jéssica Sousa
Julia Bernardes
BIBLIOGRAFIA/ WEBGRAFIA
Livro
“Geografia do Brasil” de Jurandyr L. Sanches Ross
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