Bacia Amazônica
Bacia hidrográfica – o que é?
Bacia hidrográfica é a área
onde acontece a captação de água para um rio principal e seus afluentes, devido
às características geográficas e topográficas – ou seja, é a área para onde
converge a maioria dos rios de menor ordem (a classificação da ordem fluvial é
feita de acordo com a hierarquia fluvial). É considerada uma unidade
espacial voltada à gestão. Do ponto de vista da mesma, é algo novo, mas do ponto
de vista do contexto de regionalização da natureza, é algo mais antigo.
Uma bacia hidrográfica é definida pelos pontos cotados, os pontos de
maior altitude da região. Eles, juntos, são chamados de divisor de águas.
Há também a nascente, que é onde o curso de água “nasce”.
A bacia pode ser formada por rios intermitentes (temporários –
períodos de seca e cheia) ou por rios perenes (vazão constante).
Na figura ao lado, estão algumas das principais bacias hidrográficas do
Brasil.
Características da Bacia Amazônica
A Bacia Amazônica é a maior bacia hidrográfica do mundo, com cerca de 7,05
milhões de quilômetros quadrados. Deste total, aproximadamente 4 milhões de km2
estão em território brasileiro (região Norte). Se considerarmos que o Brasil
possui aproximadamente, 12,712 km2 de área territorial, a bacia
ocupa um total de 31,5% de território brasileiro. Ela também está presente nos
territórios da Bolívia, Peru, Venezuela e Colômbia. Por se estender por vários
países sul-americanos, ela é considerada uma bacia continental.
A Bacia Amazônica começa no território peruano como o rio Vilcanota. Este
rio, ao entrar em território brasileiro, ganha o nome de Solimões. Ao
encontrar-se com o rio Negro (perto da capital Manaus), recebe o nome de
Amazonas, o rio que dá o nome à bacia. A Bacia Amazônica ainda possui
comunicação com a Bacia do Orinoco, através do Canal do Cassiquare.
Tendo o rio Amazonas (na figura abaixo, destacado em vermelho) como a
espinha dorsal da bacia, ela conta com grande quantidade de afluentes e canais,
criados pelo processo de cheia e vazante.
Outro destaque desta Bacia Hidrográfica é a grande quantidade de rios
navegais. No total, cerca de 22 mil quilômetros de rios recebem embarcações,
facilitando o transporte de pessoas e mercadorias na região. A hidrovia do rio
Madeira (acima, em amarelo), inaugurada em 1997, possibilita o transportem
principalmente de gêneros agrícolas, entre Porto Velho e Itacoatiara. Como a
rede hidrográfica é muito grande, ela possui um potencial hidrelétrico de mais
de 70 gigawatts (45% do potencial nacional).
Os principais rios que compõem a Bacia
Amazônica são:
- Rio Amazonas;
- Rio Negro;
- Rio Solimões;
- Rio Xingu;
- Rio Madeira;
- Rio Tocantins;
- Rio Japurá;
- Rio Juruá;
- Rio Purus;
- Rio Tapajós;
- Rio Branco;
- Rio Jari;
- Rio Trombetas.
- Rio Negro;
- Rio Solimões;
- Rio Xingu;
- Rio Madeira;
- Rio Tocantins;
- Rio Japurá;
- Rio Juruá;
- Rio Purus;
- Rio Tapajós;
- Rio Branco;
- Rio Jari;
- Rio Trombetas.
Com
relação à vegetação, a área é praticamente inteira coberta pela Floresta
Amazônica, aproximadamente 5,5 km2 de extensão. Possui diversos
recursos naturais, como recursos pesqueiros, grande biodiversidade e biomassa
florestal, com destaque para o estoque de madeiras de valor comercial, além dos
minerais ferro, bauxita, níquel, cobre, manganês e ouro, principalmente.
Se hoje ela é verde e
exuberante, não se pode dizer o mesmo no passado. Quando a América e a África
eram juntas, as condições eram de um monte verde com clima árido, sem chances
de formar uma floresta tropical. Com o passar do tempo, e sucessivas
transformações, esse cenário foi mudando até o que é hoje em dia. A floresta
deve essas mudanças, é claro, as alterações climáticas e interações entre
espécies; mas, também os fatores geológicos foram importantes, por exemplo, na
Cordilheira dos Andes. A Amazônia, além de servir de mata ciliar, é muito
importante no fator de regulação de temperatura global.
Entretanto,
a floresta vem sofrendo com os problemas do desmatamento, da degradação dos
recursos naturais e dos conflitos sociais. Além dos desmatamentos, a atividade
madeireira predatória e os incêndios florestais também são problemas ainda
presentes nos dias atuais. Aproximadamente 18% do território já foi desmatado
e, segundo alguns cientistas, se esse índice passar dos 40%, a floresta
tropical poderá se transformar numa savana.
Para
se preservar a Amazônia, devem ser tomadas algumas ações de desenvolvimento
sustentável, que tem como objetivo principal promover a utilização de recursos
naturais de forma racional, sem grandes impactos prejudiciais. A principal é o
reflorestamento das áreas desmatadas, além de preservar a vegetação nativa (ou
seja, não desmatar, botar fogo, jogar lixo ou mexer na fauna local). Pode-se,
além dessas medidas, utilizar-se da educação e da conscientização da população
local, para preservar a natureza.
Bibliografia:
Grupo: Sara Verri N°29
Thiago Almodovar N°30