Diego, nº: 2
Lucas França, nº: 21
Fonte:
Brasil das Águas
Área de
Abrangência
Área Total: 967.059 km², 11% do território nacional
Países: Brasil (100%),
Estados: Goiás (26,8%), Tocantins (34,2%), Pará (20,8%), Maranhão (3,8%),
Mato Grosso (14,3%), Distrito Federal (0,1%)
Municípios: 470 municípios – Entre as cidades principais destacam-se Belém
(PA), Imperatriz (MA), Marabá (PA), Palmas (TO) e Araguaína (TO).
Clima
Tipo Climático: Tropical
Temperatura: A temperatura média anual é de 26°C
Precipitação: As precipitações crescem do sul para o norte, sendo que a
média anual é de 1.869 mm, chegando a 2.565 mm na unidade hidrográfica do
litoral do Pará.
Insolação: A insolação média anual é da ordem de 2.400 horas
Evapotranspiração: A evapotranspiração média anual na região é de 1.365 mm
Disponibilidade e Usos da Água: Apresenta uma vazão média de 15.432,54
m³/s (9,6 % do total do País) e uma vazão específica de 15,96 L/s/km².
H27 – Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o
meio físico, levando em consideração aspectos históricos e/ou
geográficos.
Lideranças sociais e
representantes municipais e estaduais de Goiás, Tocantins, Pará, Maranhão, Mato
Grosso e Distrito Federal vêm se reunindo desde junho para elaborar um plano de
revitalização para a bacia dos rios Tocantins e Araguaia. A previsão é que até
o final deste ano, com as informações recolhidas nesses encontros, sejam
apontadas as diretrizes gerais que farão parte do Programa de Revitalização da
Bacia Hidrográfica do Rio Tocantins-Araguaia (Protar).
Até o
momento, dois encontros já foram realizados em Belém (PA) e três outros estão
agendados para o mês de agosto. O primeiro deles será em Palmas, no Tocantins,
entre os dias 19 e 20, outro em Imperatriz (MA), nos dias 21 e 22, e no dia 26
em Brasília (DF). A fase de oficinas termina em outubro com um encontro
agendado para os dias 1 e 2 em São Félix do Araguaia (MT).
Para que o
megaprojeto fosse executado, houve grandes impactos ambientais: enormes
superfícies cobertas por florestas foram imersas pelas águas da represa,
formando o lago de Tucuruí.
Sua execução
ainda não ocorreu em decorrência de questões técnicas relacionadas ao regime
das águas durante o ano (cheias e vazantes), além dos impactos ambientais que
poderão ser gerados.
A Bacia
do Tocantins-Araguaia abrange todos os recursos hídricos que deságuam nos
rios Tocantins e Araguaia. A bacia ocupa uma superfície de 967.059 km², o que a
torna a maior entre aquelas que se encontram totalmente dentro do território
brasileiro, envolvendo os estados de Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão,
Pará e o Distrito Federal.
Aproximadamente
9,5% do território brasileiro é drenado pela Bacia do Tocantins-Araguaia.
Diversos lugares nos quais os rios Tocantins e Araguaia percorrem possuem um
baixo povoamento, por isso esses rios são de grande relevância para as pessoas,
principalmente para a comunicação, apesar de não serem todos os trechos que
oferecem condições viáveis de navegação.
Apesar de
ser uma região de pequena densidade populacional, alguns fatores contribuíram
para a devastação destes biomas, como a construção da rodovia
Belém-Brasília, a Usina hidrelétrica de Tucuruí e a expansão das
atividades agropecuárias e de mineração. O maior aglomerado
urbano da bacia é formado pela Região Metropolitana de Belém,
no Pará.
H29 – Reconhecer a função dos recursos naturais na produção do
espaço geográfico, relacionando-os com as mudanças provocadas pelas ações
humanas.
Usos
Potenciais
Geração de Energia: O grande potencial hidrelétrico da região e sua
localização frente aos mercados consumidores da Região Nordeste, colocam a
Região Hidrográfica do Tocantins como prioritária para a implantação de
aproveitamentos hidrelétricos. O potencial hidroelétrico instalado nas unidades
da federação da Região Hidrográfica totaliza 6.575.782 kW, distribuídos em 28
centrais hidrelétricas (ANEEL, 2002). Entre as hidrelétricas destacam-se a UHE
Tucuruí, localizada no baixo Tocantins, e a UHE Serra da Mesa, localizada no
alto Tocantins. Somente a UHE Tucuruí é responsável pelo abastecimento de
energia elétrica de 96% do estado do Pará e 99% do Maranhão.
Navegação: A
navegação fluvial apresenta potencial, principalmente no rio Araguaia, que permitiria
o escoamento de 3 milhões de toneladas de soja da região Centro-Oeste. Somente
com a construção de eclusas, dragagens e outras obras, será possível a
implantação da hidrovia em cerca de 2.000 km da calha principal e 1.600 km dos
afluentes. Os impactos ambientais deste empreendimento são atualmente objeto de
discussão.
Pesca,
Turismo e Lazer: A região possui cerca de 300 espécies de peixes e
apresenta uma grande expansão do turismo relacionada à pesca, principalmente no
rio Araguaia, sendo uma tendência para o desenvolvimento econômico sustentável
da região. A implantação de infra-estrutura básica, com a construção de
terminais hidroviários e urbanização de orlas, poderá fomentar o setor. Cabe
ressaltar a utilização múltipla dos lagos das hidroelétricas de Tucuruí e Serra
da Mesa e Luis Eduardo Magalhães para fins de exploração turística. A pesca
também é uma atividade importante para as populações ribeirinhas e indígenas,
sendo complementar à agricultura de subsistência, ao extrativismo e à caça. A proteção
dos recursos hídricos e do equilíbrio ecológico dos rios é de fundamental
importância para essas atividades.
Aspectos
Relevantes
Aumentar a rede de distribuição de água e implementar sistemas coleta e
tratamento de efluentes domésticos.
Estabelecer diretrizes e implementar ações destinadas à contenção de queimadas
e desmatamentos descontrolados. Adicionalmente, fiscalizar e incentivar a
manutenção da faixa de vegetação das áreas de proteção ambiental laterais aos
corpos d’água.
População: 7.890.714 habitantes, 4,7% da população do País, sendo 72,0% em
áreas urbanas
Densidade Demográfica: 8,1 hab/km², bem menor que a densidade demográfica
do País (19,8 hab/km²)
H30 – Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida
no planeta nas diferentes escalas.
Contaminação
por fontes difusas (agrotóxicos, adubos, sedimentos carreados por ação erosiva
em solos mal manejados, entre outros).
Lançamento de efluentes com grande quantidade de matéria orgânica de matadouros
e frigoríficos que abatem bovinos e suínos nas proximidades de cursos d’água,
com reduzida capacidade de assimilação e transporte pelos rios. É necessário
implementar e/ou melhorar os sistemas de tratamento de efluentes de matadouros
e frigoríficos e avaliar seus impactos.
Tendo-se em vista problemas decorrentes do garimpo e da mineração, como a
contaminação por metais pesados e o assoreamento, é fundamental a fiscalização
dessas atividades e implementação de programas para recuperação ambiental das
áreas degradadas.
Definir e implementar um programa para controle da erosão e manejo adequado dos
solos, minimizando a contaminação provocada por fontes difusas, principalmente
nos mananciais.
Implementar a hidrovia Tocantins-Araguaia, compatibilizando-a com a conservação
ambiental e com os usos múltiplos, de modo integrado ao desenvolvimento local e
regiona.
Desenvolver o potencial hidroenergético através de novos empreendimentos,
compatibilizando a conservação ambiental e os usos múltiplos, e integrando-o ao
desenvolvimento local e regional.
Incentivar o desenvolvimento de práticas sustentáveis, adaptadas às
peculiaridades ambientais da região; incluindo a agricultura familiar, a
pecuária, a agroindústria, a piscicultura, o extrativismo e o ecoturismo.